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Etnocentrismo / Eurocentrismo / Afrocentricidade
por Elisa Larkin Nascimento*
Ipeafro
Rio de Janeiro
Os povos originais, ao deparar-se com os europeus, não os consideraram inferiores. Ao contrário, em muitos casos até se abriram demais à comunicação e ao intercâmbio. Acabaram se tornando alvos da conquista, da escravização, do genocídio e da rapinagem coloniais, ou seja, do sentimento de superioridade dos europeus que foi imposto por força das armas e da dominação econômica, política e cultural.
Uma idéia do etnocentrismo como algo comum a todos os grupos humanos ignora e disfarça o poder colonial que impôs o eurocentrismo como dogma obrigatório sobre os outros povos. E assim cria uma falsa noção da "inocência" ou da "naturalidade" do eurocentrismo ("todo ser humano é assim!"), ajudando até hoje a escamotear a verdadeira face do racismo.
A afrocentricidade considera necessário, para compreender e para equilibrar as forças culturais e as estruturas de poder, que os povos africanos e outros colonizados recuperem o seu "centro", reconstituindo e ressignificando o lugar próprio de onde observam, experimentam e compreendem o mundo e a história - sem que isso implique em negar o valor ou a legitimidade de outras perspectivas e experiências e sem a pretensão de impor a sua visão, cultura ou personalidade como correta ou superior.
Vale conferir em Afrocentricidade, uma abordagem epistemológica inovadora, Selo Negro Edições, 2009.
Etnocentrismo / Eurocentrismo / Afrocentricidade
por Elisa Larkin Nascimento*
Ipeafro
Rio de Janeiro
Os povos originais, ao deparar-se com os europeus, não os consideraram inferiores. Ao contrário, em muitos casos até se abriram demais à comunicação e ao intercâmbio. Acabaram se tornando alvos da conquista, da escravização, do genocídio e da rapinagem coloniais, ou seja, do sentimento de superioridade dos europeus que foi imposto por força das armas e da dominação econômica, política e cultural.
Uma idéia do etnocentrismo como algo comum a todos os grupos humanos ignora e disfarça o poder colonial que impôs o eurocentrismo como dogma obrigatório sobre os outros povos. E assim cria uma falsa noção da "inocência" ou da "naturalidade" do eurocentrismo ("todo ser humano é assim!"), ajudando até hoje a escamotear a verdadeira face do racismo.
A afrocentricidade considera necessário, para compreender e para equilibrar as forças culturais e as estruturas de poder, que os povos africanos e outros colonizados recuperem o seu "centro", reconstituindo e ressignificando o lugar próprio de onde observam, experimentam e compreendem o mundo e a história - sem que isso implique em negar o valor ou a legitimidade de outras perspectivas e experiências e sem a pretensão de impor a sua visão, cultura ou personalidade como correta ou superior.
Vale conferir em Afrocentricidade, uma abordagem epistemológica inovadora, Selo Negro Edições, 2009.
* Elisa Larkin Nascimento é doutora em psicologia pela USP e mestre em direito e em ciências sociais pela Universidade do Estado de Nova Iorque. Co-fundadora e atual diretora presidente do IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros, idealizou e organizou o curso “Sankofa: Conscientização da Cultura Afro-Brasileira” na PUC-SP e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) cujo conteúdo está publicado em 4 volumes (2008-2009), conforme link anterior indicado ou aqui, em Grupo Summus-Selo Negro Edições.
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qual é o sentido ??
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